PROJETO
RIO PELOTAS
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Entidades
pedem criação do Corredor Ecológico do Rio Pelotas Carta será enviada ao ministro do Meio Ambiente nesta segunda-feira O seminário Quem faz o que pelo rio Pelotas, encerrado na sexta-feira (15), resultou num documento que será encaminhado ao Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc nesta segunda-feira (18). A Carta do Evento (em anexo) reforça a necessidade da criação, no Ano Internacional da Biodiversidade, da maior Unidade de Conservação de proteção integral do extremo sul do Brasil. Conforme a ativista do Mira-Serra, Káthia Vasconcellos, o documento solicita ao ministro as providências cabíveis para a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas e Campos de Cima da Serra. “Concomitantemente, salientamos a importância do indeferimento de licença para empreendimentos hidrelétricos, como o do projeto Pai-Querê, nesta bacia hidrográfica”, explica. O encontro foi promovido pelas ONG`s Mira-Serra e The Nature Conservancy e contou com a presença de entidades governamentais, representantes da sociedade civil, empresários e pesquisadores de universidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, nas dependências do Museu de Ciências Naturais/ FZB-RS, nos dias 14 e 15, em Porto Alegre. Entrevistas com: *********************************** Exmo.
Sr. O Encontro “Quem faz o que pelo Rio Pelotas”, realizado nas dependências do Museu de Ciências Naturais/ FZB-RS, nos dias 14 e 15 do corrente, contou com a presença de entidades governamentais, representantes da sociedade civil, empresários e pesquisadores de universidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Neste evento, os presentes discutiram as questões relacionadas à criação do Refúgio da Vida Silvestre (RVS) do Rio Pelotas e Campos de Cima da Serra e a viabilidade de implantação de grandes empreendimentos na área. Neste contexto, foi evidenciado que a bacia hidrográfica do alto Pelotas é considerada de alta fragilidade do ponto de vista biótico e, portanto, reconhecida como área núcleo da reserva da biosfera da Mata Atlântica (MaB-UNESCO) bem como área prioritária de extremamente alta importância para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira (Portaria MMA nº 09/ 23/01/2007). Considerando a relevância da área em foco, o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta/TAC da UHE de Barra Grande e a oportunidade de criar, no Ano Internacional da Biodiversidade, a maior Unidade de Conservação de proteção integral do extremo sul do Brasil, solicitamos a Vossa Excelência as providências cabíveis para a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas e Campos de Cima da Serra. Concomitantemente, salientamos a importância do indeferimento de licença para empreendimentos hidrelétricos, como o do projeto Pai-Querê, nesta bacia hidrográfica.
PROGRAMAÇÃO DO
09h00min – Mesa Abertura
09h20min - Objetivos do Seminário
12h00min - intervalo para almoço
Dia 15/10 09h00min– Projeto FRAG-RIO
14h30min – Arqueologia
dos Campos de Cima da Serra e os desafios do Turismo Cultural.
18h00min- Encerramento
do encontro
http://www.casa.org.br/ ; http://www.nature.org/ ; http://www.igre.org.br/ ***************************************************************** Evento destaca importância do Rio Pelotas
Promovido pelas ONGs Mira-Serra e The Nature Conservancy (TNC), o seminário terá um papel relevante na disseminação e conscientização da importância do Rio Pelotas. “Acreditamos que só é possível defender aquilo que sabemos que existe e que, quanto mais se conhece, mais valor se dá a uma pessoa, lugar ou bem. Neste sentido entendemos que é fundamental a divulgação desta causa para sensibilizar a população em geral”, afirma Káthia Vasconcellos Monteiro, ativista da Mira-Serra. A preservação do rio Pelotas é imprescindível para a conservação da diversidade biológica, cultural e histórica da região por onde ele passa, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Káthia salienta que o Pelotas é um rio que historicamente esteve presente na vida das pessoas. “Foi lugar de passagem dos antigos tropeiros que nele tinham que atravessar suas mulas”. O Passo de Santa Vitória, na foz do rio dos Touros, foi o local de travessia desses tropeiros e foi também palco de um evento importante da revolução farroupilha. “Foi lá que aconteceu o combate de Santa Vitória, em 1839, com a presença de Anita Garibaldi lutando para derrubar as forças do império”, conta. Alguns temas já foram identificados e serão
apresentados no seminário: pesquisa, educação ambiental,
divulgação/conscientização, lobby, história,
turismo/eco-turismo/turismo rural, uso sustentável/uso múltiplo
– manejo campo sem fogo, produção de mel, artesanato
e impactos negativos (ameaças).
O Corredor Ecológico, defendido pelas ONG’s, é uma unidade de conservação que vai possibilitar o fluxo de espécies, facilitando a dispersão e a colonização de áreas degradadas e manutenção de populações animais que precisam de áreas com extensão maior para sobrevivência. O projeto é um termo de compromisso firmado entre o MMA, o Ministério Público e outros órgãos, lá em 2004, para a conclusão do licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Barra Grande. Hidrelétricas: ameaça real O enchimento do lago de Barra Grande praticamente inundou as últimas áreas remanescentes de floresta com araucárias, e são nestas margens do Pelotas que agora sobrevivem as últimas áreas de transição das florestas ombrófila mista e estacional e também de campos naturais da região, fato que confere ao local um alto índice de biodiversidade. “Estas formações são atualmente as mais ameaçadas do Bioma da Mata Atlântica”, destaca Káthia. Três hidrelétricas já estão instaladas ao longo do curso do rio: a de Itá (no oeste catarinense), a de Machadinho (entre a gaúcha Maximiliano de Almeida e a catarinense Piratuba) e a de Barra Grande. E a próxima ameaça está a caminho. Trata-se da usina de Pai Querê, que está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Outro atrativo encontrado nas curvas do Pelotas são as cachoeiras belíssimas de se contemplar. Com seu leito rochoso, o rio oferece aos visitantes águas volumosas e transparentes e em vários trechos, paredões de pedra e serras. “É sem dúvida um grande corredor ecológico, que pode ser apreciado tanto nos seus remansos, quanto em suas corredeiras”, afirma a bióloga Lisiane Becker, coordenadora da Mira-Serra. A ambientalista lembra ainda que o Pelotas é um verdadeiro paraíso para os adeptos dos esportes radicais. Com suas corredeiras e paisagens é um rio que tem ainda muitas oportunidades a oferecer, não somente por seu passado e sua história, mas por seu presente e futuro. “Ao ser cavalgado pela primeira vez por um bote de rafting, foi comparado pelo comandante, ao famoso rio Zambezi, paraíso do rafting na África”, destaca Lisiane.
Mais informações e entrevistas com Káthia Vasconcellos Monteiro nos telefones: (51) 3233-7206 ou 9992-7537. E-mail:KATHIA Fotos do Rio Pelotas e da expedição realizada em 2006 podem
ser encontradas no site http://www.apremavi.org.br/.
Sobre a Mira-Serra O PROJETO MIRA-SERRA é uma Organização Não Governamental, de caráter científico e cultural, que visa a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas do Rio Grande do Sul. O projeto-piloto da ONG têm seu núcleo de estudo na RPPN Mira-Serra, na encosta do Cerro do João Ferreiro/Alto Padilha em São Francisco de Paula, no bioma Mata Atlântica. Página na Internet - http://www.miraserra.org.br/ Sobre o TNC Criada em 1951, a TNC é uma organização sem fins lucrativos voltada para a conservação da natureza. Presentes em mais de 34 países, já ajudou a proteger mais de 47 milhões de hectares em todo o mundo. No Brasil, a TNC atua desde a década de 80 e tornou-se uma organização brasileira em 1994. Página na Internet- http://www.nature.org/wherewework/southamerica/brasil/
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