RS-BIODIVERSIDADE:

evento foi concorrido, porém todas as entidades apresentaram mapa de biomas sem considerar a Lei da Mata Atlântica


O "1º Encontro do Projeto Biodiversidade-RS lotou o auditório da EMATER/ASCAR, em Porto Alegre, no dia 29/03/2012.

Com 4 áreas-piloto o projeto vai enfatizar o bioma Pampa, restringindo a Mata Atlântica à região da Quarta Colônia.  O período de execução finda em 2015.

Serão investidos 5 milhões de dólares do GEF/BIRD e 6,1 milhões de dólares em contrapartida. Destes, 4 milhões são de medidas compensatórias, aplicadas em 10 Unidades de Conservação (como a de Itapuã e do Delta do Jacuí).

O projeto prevê: Comitê Gestor, Comitê Estadual de acompanhamento, Unidade de Gerenciamento e 4 Comitês Locais: uma para cada região, onde a MIRASERRA estará acompanhando como representante do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba na região 4 (ver mapa acima).  Estes comitês locais terão um evento anuais.

São entidades e órgão executores: SEMA, FZB, FEPAM, EMATGER/RS, TNC.

Foram apresentados os 3 componentes do projeto:

Biodiversidade em propriedades rurais, apoio ao gerenciamento da  biodiversidade e gerenciamento do grupo, além dos grupos de trabalho: serviços ambientais, certificação de produtos da biodiversidade, divulgação do projeto, educação ambiental, comitê executivo do SIGBIO.

as informações trabalhadas serão disponibilizadas à sociedade (www.biodiversidade.rs.gov.br e no facebooK:proj.biodiversidade), além de um manual de práticas produtivas ecologicamente orientadas.

A MIRASERRA se interessou pelo projeto, visto que ele terá atuação na Mata Atlântica e na região de transição, onde a ONG também atua.

Neste sentido, a representante da MIRASERRA, biól. Lisiane Becker, questionou o fato do projeto abranger prioritariamente um só bioma, o que não abarca a biodiverisdade global do Estado. No entanto, não obteve resposta relativa à interface   do RS-Biodiversidade com os dados do Projeto de Cosnervação da Mata Atlântica (PCMA-RS) e se esta integraria as informações a serem divulgadas na internet (página eletrônica e facebook).

A MIRASERRA, ainda, evidenciou que a apresentação do mapa dos biomas não incluia a Lei da Mata Atlântica e respectivo mapa de aplicação do decreto/IBGE (2008), visto que se pretendia a divulgação da biodiversidade e da educação ambiental.

A resposta dada pelos palestrantes do Ministério do Meio Ambiente foi de que o IBGE não tinha atualizado o mapa dos biomas (2005). O representante da SEMA considerou a questionamento importante.

No entendimento da MIRASERRA, é inadmissível que tal situação pemaneça passados mais de 3 anos! Este mapa desatualizado está sendo utilizado como referencial em vários eventos no Brasil e não comtempla o diferencial da Lei Federal nº 11.428/2006 e Decreto Federal n 6.660/2008, ensejando que ela não seja cumprida em boa parte do território gaúcho!

Outro mapa equivocado mostrou o Parque Nacional da Lagoa do Peixe praticamente na região serrana!

Não é aprimeira vez que o Ministério do Meio Ambiente confunde os biomas do rio Grande do Sul: na publicação "Pampa: conhecimentos e descobertas sobre um bioma brasileiro", a capa mostra uma araucária em pleno campos de Cima da Serra. O texto ainda "explica": biodiversidade dos Campos do Planalto das Araucarias!!

Resta saber se os dados apresentados, relativos aos biomas protegidos em Unidades de Conservação, consideram o mapa dos biomas ou o mapa da aplicação do Decreto 6.660/2008...

A meta de 10%, considerando as APAs...

No final da tarde, o foco foi sobre os horizontes possíveis para a conservação da biodiversidade, com Eduardo Velez, Glayson Bencke e Claudio Ribeiro.