CONSEMA-RS
aborda o Sistema de unidades de Conservação e
MIRASERRA apresenta proposta contra a caça
A última reunião de
2013, do CONSEMA-RS, foi realizada em 12 de dezembro.
Como itens de pauta, foram discutidos:
1) Prorrogação do
prazo para a regularização da silvicultura de pequenos e
médios produtores: novamente é solicitada a prorrogação
pois não houve procura pelos interessados. A Câmara Técnica
de Biodiversidade e política Florestal solicitou novo prazo, salientando
que buscará a inclusão do setor na elaboração
de um novo programa. Foi aprovado, com abestenções das ONGs
ambientalistas INGÁ, IGRÉ e MIRASERRA.
2) Sistema Estadual de Unidades
de Consevação: a diretora do departamento de Unidades de
Conservação e Áreas Protegidas apresentou uma síntese
da situação atual e perspectivas. Paulo Brack (INGÁ)
destaca que a situação piorou ainda mais. Lisiane Becker
(MIRASERRA)questiona sobre o planejamento global e pede que proponentes
de UCs que aguardam deferimento, recebam respostas sobre a tramitação
e/ou sejam chamados para buscar alternativas, como a da intermediação
do executivo estadual com o munícipio(s) contemplados por projetos
das diversas entidades. Pergunta, ainda, sobre o Plano Operacional de
Controle (POC) do qual não teve mais conhecimento. Lembra
que a operação era uma ferramenta importante para a fiscalização
das UCs e seu entorno. Foi respondido que não haveria verba para
sua continuidade...
3) Assuntos Gerais:O presidente
do CONSEMA encaminha pedido do CDES sobre Espécies Exóticas.
Representante da Farsul defende idéia e Lisiane (MIRASERRA) sugere
encaminhamento para a CT Biodiversidade, já que exite uma lista
atual publicada sobre o tema. Na sequência, Lisiane apresenta proposta
de nova resolução CONSEMA para supressão da palavra
"caça" dos estabelecimentos comerciais, para que seja
encaminhada para as cãmaras técnicas pertinentes. Aproveita
a ocasião para lembrar que nesta mesma reuião, em dois momentos
distintos, a caça foi mencionada. Salienta que a proposta em tela
foi aprovada na reunião do CN-RBMA.
O representante da FARSUl crê que se deve esperar pelo CONAMA. Lisiane
alega, que o RS pode regulamentar antes, visto que, conforme sua experiência,
a tramitação na instância nacional pode levar muito
tempo. Na sequência pede informações sobre o edital
do FEMA para projetos de Educação Ambiental (PEASC), uma
vez que os prazos foram vencidos sem que fosse publicada nova retificação.
O presidente do CONSEMA-RS informa que não há mais quorum,
e encerra a reunião. Lisiane expressa sua admiração
por não ter visto ninguém sair entre uma manifestação
e outra e pede que, ao menos, lhe respondam sobre o PEASC. A representante
do DUC informa que no dia seguinte a comissão se reunirá
novamente para avaliar outros projetos que foram admitos em função
de recurso.
Consema aprova reformulação
do Regimento Interno
MIRA-SERRA integra Grupo de Trabalho
Por Gelcira Teles*
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) aprovou
na quinta-feira (21/
11), em sua 161ª reunião ordinária, a criação
do Grupo de Trabalho (GT) para
Reformulação do Regimento Interno do Consema (Lei Estadual
10.330/1994), com o objetivo de discutir e elaborar propostas para a nova
redação do regimento. Entre os 40 presentes, a ONG MIRA-SERRA
esteve representada pela jornalista Gelcira Teles, conselheira titular
Grupo de Trabalho
Sobre a composição do GT, o representante da Federação
das Associações de
Municípios do RS (Famurs) defendeu que todas as entidades poderiam
se inscrever para participar e que o mesmo não deveria ter um quórum
estabelecido.
O Grupo será integrado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema),
Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação
Cidadã (Seplag), Secretaria da Infraestrutura e Logística
(Seinfra), Federação das Indústrias do Rio Grande
do Sul (Fiergs), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/RS),
Igré - Associação Socioambientalista, Sindiágua,
(Famurs), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande
do Sul (Farsul), Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs)
e ONG MIRA-SERRA. O prazo para os trabalhos se estende até abril
do próximo ano.
RS Biodiversidade
A consultora e assessora técnica, bióloga Letícia
C. Troian, fez a apresentação
do Projeto RS Biodiversidade - que constitui uma das políticas
do Governo do
Estado para proteção e conservação dos recursos
naturais e busca promover a
incorporação do tema biodiversidade nas instituições
e comunidades envolvidas.
Letícia fez um relato do projeto, desde sua construção
(entre 2005 e 2007), assinatura do acordo com o Fundo Global do Meio Ambiente
(GEF) por meio do
Banco Mundial (2008-2010) e implementação (2011-2015). A
bióloga lembrou
que inicialmente o Projeto previa oito áreas-alvo e que hoje contempla
quatro:
Quarta Colônia, Campos da Campanha, Escudo Sul-Rio-Grandense e Litoral
Médio. Destacou ainda que o Projeto tem três componentes:
Promoção da biodiversidade em propriedades rurais, contando
atualmente com 17 Unidades Demonstrativas; Apoio ao gerenciamento da biodiversidade
e Gerenciamento do projeto. Conforme Letícia, o Projeto RS Biodiversidade
tem um aporte de US$ 5 milhões do GEF/Banco Mundial, com contrapartida
de US$ 6,1 milhões por parte do Governo do Estado, sendo órgãos
co-executores Fundação Zoobotânica (FZB), Fundação
Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam),
Emater e TNC do Brasil.
Assuntos gerais
Em assuntos gerais, os biólogos Ludwig Buckup (representante do
Igré) e Paulo
Brack (representante do Ingá - Estudos Ambientais) mencionaram
que o Ibama
determinou que as PCHs sejam interrompidas, incluindo as previstas na
bacia
do Rio Pelotas, como a UHE Pai Querê. Segundo Brack, 180 mil araucárias
vão
desaparecer com esta usina hidrelétrica. O biólogo também
alertou que em 17/12 comemora-se o Dia do Bioma Pampa e que espera que
até lá o Governo do Estado apresente os programas e projetos
para este bioma.
Representando a ONG MIRA-SERRA, a jornalista Gelcira Teles elogiou os
esforços da equipe do Projeto RS Biodiversidade, em vista do mesmo
ter sofrido com a redução de recursos financeiros e humanos
ao longo de oito anos. Também encaminhou à secretaria do
Consema um pedido do
Conselho Regional de Biologia 3ª Região (CRBio-03 –
RS/SC), do qual é assessora de comunicação, para
que o Consema também seja integrado por entidades representativas
de biólogos. Frisou que o CRBio-3 enviou um email em maio, que
ainda não teve resposta.
*Gelcira Teles, educadora ambiental, jornalista. Conselheira titular no
CONSEMA pela ONG MIRA-SERRA. Consultora de comunicação do
Projeto RS Biodiversidade, assessora de comunicação do CRBio-03
e da Liga Homeopática do Rio Grande do Sul (LHRS). Conselheira
do Instituto do Bem-Estar (Ibem).
CONSEMA INICIA DEBATES SOBRE CARVÃO
MINERAL
Uma demanda antiga das ONGs
ambientalistas, finalmente, começa a ser discutida publicamente:
o carvão mineral.
relato baseado no texto de
Juliana Frantz
imagens: Jenifer Ramos
Foi aprovado pelo Conselho Estadual do Meio
Ambiente (Consema)), em reunião ordinária, o plano de aplicação
orçamentária do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema) para
2014, de R$ 12,3 milhões. Onde se destacam os investimentos previstos
para a fiscalização nas Unidades de Conservação
(UCs) do Estado (R$ 8,6 milhões). A representante da MIRA-SERRA
perguntou sobre o resultado da aprovação na CT, principalmente
pelas entidades ambientalistas. Destacou que os investimentos para a regularização
fundiária nas UCs não foram contemplados. O presidente da
CT respondeu que a aprovação foi unânime. Perello,
secretário estadual adjunto, informou que os recursos para afegularização
fundiária virão das compensações ambientais
(CECA).
Na sequência, ocorreu a apresentação do Dr. Carlos
Nunes Tietboehl Filho, sobre a “Queima de carvão mineral
– Efeito da exposição ambiental em populações
humanas”, que versou sobre a suscetibilidade à exposição
ambiental e as doenças respiratórias relacionadas com a
poluição atmosférica.
Para complementação do tema relacionado à poluição
atmosférica e a queima de carvão, os conselheiros também
assistiram a uma apresentação da Liane Farinon do Centro
Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretaria Estadual
da Saúde sobre o monitoramento da saúde de populações
expostas ou potencialmente expostas a contaminantes atmosféricos
no Rio Grande do Sul, apontando uma das principais atividades como a implantação
de unidades sentinela para promover educação ambiental,
orientação, oficinas, visando ações práticas
para melhoria da qualidade do ar e obter dados para estimar a magnitude
dos sintomas e das doenças respiratórias relacionadas com
a poluição atmosférica.
Farinon apresentou dados das unidades de atendimento contrapondo a versão
da presidente da CT Recursos Atmosféricos e Poluição
Veicular.
Ficou muito claro o problema a ser enfrentado
na saúde pública, caso o RS pretenda adotar o carvão
mineral como fonte energética.
O presidente do CONSEMA, Secretário Estadual Neio Lúcio
Pereira, informou que o Rio Grande do Sul foi escolhido, pela ministra
Izabella Teixeira, como local para o lançamento nacional do Cadastro
Ambiental Rural (CAR) - a ocorrer na FETAG, no dia 28 de setembro.
A representante da MIRA-SERRA, em assuntos
gerais, reforçou solicitações feitas na plenária
de agosto, visto que houve nova agressão contra ambientalistas
registrada, desta vez, em Tapes. Ainda, apresentou
dados sobre probelmas gerados em decorrência da necessidade de anuência
do gestor de unidades de conservação para atividades de
impacto mínimo e pequeno de empreendimentos de pequeno porte. Isto
está levando à informalidade e à clandestinidade,
além de tomar o tempo do gestor na avaliação de TODAS
as atividades licenciadas em TODOS os municípios no raio de 10Km
no entorno da respectiva UCs (às vezes, é mais de uma!).
O processo de avaliação do processo administrativo exigido
pelo gestor da UC, acrescentou, retira o caráter licenciador de
empreendimento de potencual impacto ambiental local do técnico
municipal responsável- ou seja, há uma multiplicação
do tempo dispendido na avaliação e nos custos para uma mesma
atividade em tela. Enfatizou sua preocupação prioritária
com as UCs e, que por isto mesmo, pede que seja elaborada uma lista de
atividades que seriam isentas desta anuência - como já o
fazem algumas unidades de conservação municipais - evitando
a ilegalidade que está atrelada ao dano ambiental advinddo da morosidade
e burocracia atuais.
CÂMARA TÉCNICA AINDA DISCUTE
ATUALIZAÇÃO DE RESOLUÇÃO
Relato baseado no texto da estagiária
Julina Frantz
Realizada no dia 12/09/13, a CTP Gestão Compartilhada
Estado-Município/ CONSEMA chega ao fim das apresentações
para grupos de tipologias a serem incluídas na novva resolução
para licenciamento de impacto local.
Deste modo, Davi Chemello, técnico do DEFAP –
Departamento de Florestas e Áreas Protegidas , da divisão
de licenciamento florestal apresentou aos conselheiros algumas sugestões
propostas para alteração do que está na resolução
em vigência 110 do consema.
A divisão de licenciamento do DEFAP procedeu uma atualização
nas atividades listadas no anexo da resolução do Conama
237, e citou o anexo terceiro que fala sobre o transporte da matéria
prima florestal nativa oriunda dos licenciamentos e o DEFAP, propôs
a substituição dos cinco itens que se rementem a um só,
que é o transporte de origem florestal citado no documento do IBAMA,
que desde 2008 existe uma instrução normativa 112, que regulamenta
o transporte da matéria prima florestal do brasil.
O técnico da DEFAP relatou a importância de dividir o licenciamento
em bioma Mata Atlântica do Bioma Pampa
Falou que desde 2006 o bioma mata atlântica possui uma legislação
própria: a Lei 11.428 e o decreto 6.660. Explicou que os recurso
naturais afetos no bioma mata atlântica podem ser licenciados pelos
municípios mediante o convenio de compartilhamentos de competências,
visando à uma estrutura melhor de fiscalização, julgamento
de rotas e um corpo técnico ligado a área de florestas.
Então seriam estas as condicionantes para que o município
possa vir a licenciar a Mata Atlântica na visão do DEFAP.
Já no Bioma Pampa o DEFAP sugere ao CONSEMA ser o instrumento para
a criação de legislação ou resoluções
protetivas pra o bioma Pampa, devido a sua carência em termo de
legislação específica.
Houve, também, a apresentação de algumas sugestões
do representante da Divisão Agrossilvipastoril (DASP)- Fepam, Cristiano
e da Cinara representando o grupo técnico da aquacultura da Fepam,
onde relatou que o grupo propõe a redução do licenciamento
de áreas alagadas de 5 para 2 hectares- por exemplo. Solicitam
que na resolução 102 a tipologia para piscicultura seja
tão somente “para engorda” de espécies exóticas.
A representante da FAMURS, trouxe questões levantadas
nas reuniões do Conselho de Direigentes Municipais. Campeni/UFRGS
comentou sobre a compartimentação dentro do DEFAP.
A MIRA-SERRA elogiou a apresentação
do DEFAP, pois teriam explicado os critérios para as proposições.
Questionou sobre o convênio municipal para manejo de Mata Atlântica,
visto que os municípios não possuem no quadro técnico
profissionais capazes de identificar os estágios sucessionais da
vegetação - especialmente os de Campo de Altitude. Ainda,
a inclusão de estágio inicial como a ser licenciado em qualquer
porte se opõe à visão do legislador, enquanto não
há dados sobre o percentual de remanescentes do bioma no RS. Também
sugere que seja citada a Portaria MMA 09/2007 para áreas Priorirárias
para a Conservação da Biodiversidade e as Áreas da
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica que envolveram a transição
com o Pampa, como estratégias adicionais na aplicação
da resolução em tela. Vê como essencial que os municípios
tenham mapas de cobertura vegetal do respectivo território. Sobre
o licenciamento de criatórios de espécies nativas, concordou
com retirada de várias atividades feita pela Aquacultura, considerando
o previsto na Lei Complementar 140/2011 - apesar de que, para peixes,
seria ideal que o município fosse licenciador das espécies
autóctones em função das frequentes fugas de cativeiros.
Solicita que nas novas tipologias criadas, sejam especificadas as espécies
de médio e de grande porte a serem licencidasa pelo município,
ou que estas sejam suprimidas da tabela. Crê que a EMATER deveria
ser mais parceira na regularização dos empreendimentos rurais.
158º Reunião Ordinária
do CONSEMA
Relato da estagiária
Milene Dornelles Luzardo
Imagens MIRASERRA
No dia 15 de agosto, ocorreu a Reunião
do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) na sede da Secretaria
do Meio Ambiente (Sema), na qual foram apresentados dois projetos do Governo
do Estado na área ambiental, o Zoneamento Ecológico Econômico
(ZEE) e o Sistema Integrado de Regularização Ambiental (SIRAM),
para que os conselheiros avaliassem e fizessem suas contribuições.
O projeto de Zoneamento Ecológico Econômico nas áreas
costeiras do estado foi apresentado por Luis Fernando Perelló (secretário-adjunto
da SEMA) e atua como um instrumento de gestão territorial, visando
estabelecer padrões para a preservação do ambiente
e para a exploração de recursos naturais de cada região.
O projeto, que será financiado pelo Banco Mundial, foi avaliado
em U$ 8,6 milhões e os estudos serão realizados pela Universidade
Federal de Rio Grande (FURG) – que deverá estabelecer convênios
com outras instituições.
O projeto de Sistema Integrado de Regularização Ambiental
(SIRAM) foi apresentado por Maria Isabel Stumpf Chiappetti e visa integrar
processos de normatização, comunicação, capacitação,
cadastramento, licenciamento, monitoramento, fiscalização,
autuação, apoio administrativo e operacional para criar
uma regularização ambiental mais moderna e otimizada. O
projeto foi avaliado em U$ 8,9 milhões e também será
financiado pelo Banco Mundial.
Em assuntos gerais, preocupada com a segurança de todos os ambientalistas,
que muitas vezes estão cumprindo o papel de órgãos
que não realizam fiscalizações devidamente, a coordenadora-presidente
da ONG MIRASERRA, Lisiane Becker, fez um apelo ao colegiado, ao SEMA e
ao Secretário do Meio Ambiente para que o Rio Grande do Sul seja
o pioneiro a reverter o quadro de perseguição aos ambientalistas,
começando pela ampliação de divulgação
da legislação. Tal solicitação foi realizada
após ter relatado episódios envolvendo assassinatos, agressões
físicas e perseguições, como os ocorridos neste mês,
no Rio de Janeiro e em Santa Catarina.
A presidente da MIRASERRA, aproveitou
a ocasião para apresentar as estagiárias Milene e Juliana,
do curso de Biologia/PUC, que acompanharão as reuniões deste
semestre.
Ao final da reunião, a coordenadora da Secretaria Executiva da
comissão organizadora da 4ª Conferência Estadual do
Meio Ambiente, Gislaine Pacheco, relatou sobre as conferências realizadas
em outros municípios e passou mais informações sobre
a 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente que será
realizada em porto alegre a partir de 31 de agosto a 1º de setembro.
_____________X_______________
156º Reunião Ordinária
do CONSEMA
relato da estagiária Pâmela
Manica
A reunião ocorreu no dia 20 de junho de 2013
às 14h no auditório da SEMA. Em principio foram realizadas
algumas comunicações referentes às justificativas
de ausência e a verificação do quórum.
Em seguida foi apresentada
a proposta de prorrogação do prazo para o cadastramento
dos empreendimentos de silvicultura de porte médio, pequeno e mínimo
em quatro meses, feita por Paulo Brack, presidente da câmara técnica.Lisiane
Becker, representante da Mira-serra, ressaltou que a resolução
não poderia ser publicada antes de ser aprovada no CONSEMA, justamente
o que aconteceu com esta proposta. Sem entrar no mérito do texto,
ela destacou que se deve estar atento aos prazos de modo a proceder a
aprovação no plenário do CONSEMA antes da publicação;
em resposta, o representante da FETAG justificou a ação
por meio da emergência de prorrogar o prazo, já que muitos
produtores estavam entregando os pedidos sem poder receber o pagamento.
Na votação pela proposta, houve aprovação
por unanimidade.
Uma ideia de agenda
de debates do CONSEMA 2013/2014 foi mostrada gerando um debate sobre a
ausência de data certa para discussão sobre a matriz energética
do estado, a solução encontrada foi a de desenvolver um
seminário para aprofundar o assunto e escolher posteriormente uma
data para a reunião. A agenda foi aprovada, podendo ser realizados
alguns ajustes ao longo do período.
As atas 151 e 154 foram
aprovadas e a de número 152 teve sua votação adiada.
Na sequencia foi realizada
a leitura de uma moção da Agapan, por edi Fonseca, em repúdio
ao comportamento da Brigada Militar na retirada dos protestantes acampados
nas árvores próximas ao estádio Beira-rio. O representante
da BM justificou a atitude afirmando o cumprimento de ordens. Houve discordância
entre as instituições presentes, algumas alegavam que não
era justo cobrar dos policiais ao invés de cobrar às autoridades,
outros diziam que o foco não era a decisão jurídica
e sim a maneira ou forma como agiu a Brigada Militar. A moção
reprovada na votação.
Nos assuntos gerais
Paulo Brack, representando a Ingá, ressaltou a crise que está
ocorrendo na secretaria do meio ambiente e pediu mais transparência
na execução da Operação Concutare, principalmente
em relação às providencias que estão sendo
tomadas. A reunião foi encerrada às 15:30 devido a manifestações
que iriam ocorrer próximas ao prédio.
_________ X _______
41ª reunião extraordinária
relato da estagiária Raissa
Christoff
A reunião deu continuidade à pauta anterior
sobre a Proposta de Minuta do CREA/RS, que “Dispõe sobre
a excepcionalidade dos sistemas públicos de esgotamento sanitário,
no que diz respeito aos padrões e condições para
a emissão de efluentes líquidos em águas superficiais
do Estado do Rio Grande do Sul”.
Primeiramente, a Presidenta do conselho contextualizou a reunião
anterior. Após, o representante do INGÁ fez uma colocação
sobre o momento pelo qual o estado RS está passando em relação
às prisões realizadas pelo MP na Secretaria do Meio Ambiente.
Foi dito que devido a estes fatos o CONSEMA não está em
condições de deliberar sobre o assunto proposto.
O representante sugeriu que a reunião não tivesse caráter
deliberativo e apenas fosse discutido o assunto. Foi colocada em votação
pela mesa e com 18 votos a favor a reunião continuo com cárter
deliberativo.
A seguir, foram apresentados os pareceres por aquelas instituições
que pediram vista do processo. INGÁ foi a primeira instituição
a dar seu parecer pelo indeferimento da proposta de Resolução
devido as recentes acontecimentos dentro da gestão ambiental do
RS e lembrando que aqueles que prezavam pela continuidade desta resolução
estão sendo investigados por crimes ambientais. Além disso,
lembraram que a resolução CONSEMA 129 foi debatida por anos
até ser aprovada e que a presente proposta não foi bem debatida
e contém texto vago e cria precedentes perigosos para a atual situação
do meio ambiente no RS.
A próxima instituição a dar seu parecer foi a AGAPAN
que considera que o CONSEMA não pode abrir mão, mesmo que
caráter excepcional, da manutenção de suas Resoluções,
devida a fragilidade dos nossos recursos hídricos e que foram dados
prazos ás entidades para o cumprimento das Resoluções
não cabendo a aprovação de uma nova Resolução.
A FEPAGRO também deu seu parecer.
MIRA-SERRA deu seu parecer alterando os artigos da proposta
para que estes sejam mais específicos e de alguma maneira melhorem
a resolução. Aproveitou a ocasião para manifestar
seu descontentamento em relação ao cancelamento da CT gestão
compartilhada Estado-Município, que após um a o estava debatendo
matéria demandada pela sociedade civil, aprovada por unanimidade
pela plenária para que fosse analisada. Considerou um ultraje desconsiderar
a soberania da decisão do CONSEMA (inserção da ONG).
O comitê de Bacia hidrográfica do RS manifestou posicionamento
favorável à aprovação da minuta de resolução.
O corpo técnico da FEPAM também sugeriu mudanças
na resolução e acréscimos de artigos. No final, o
CREA fez novamente um apresentação da proposta defendendo
a universalização do sistema para depois ser mais específico
na qualidade da água.
Após as apresentações, INGÁ e AGAPAN pronunciaram
sua vontade para a proposta voltar para a câmara técnica
para se melhor discutida antes da aprovação, entretanto
por uma votação realizada neste momento ficou decidido que
o conselho ia deliberar. A partir deste momento foram colocados em votação
pela mesa os destaques e acréscimos de artigos.
Alguns artigos da MIRASERRA e do corpo técnico da FEPAm forma similares.
Por proposta da MIRA-SERRA e aprovada por votação
foi incluída a passagem “sistemas públicos”
no artigo 1.
No artigo 2º, proposto o parágrafo 1 (§1º Para
efeitos da aplicação de que trata o caput, deverão
ser considerados os respectivos Planos de Bacia Hidrográfica, os
Zoneamentos Ecológicos Econômicos e a capacidade de suporte
do corpo hídrico receptor) pela mesma instituição
porém com 18 votos contra permaneceu a redação anterior.
A seguir vieram as propostas do corpo técnico da FEPAM de acréscimos
de artigos. Os artigos que foram aprovados e serão incorporados
a resolução dispõe sobre: os sistemas de esgoto sanitário
não podem receber cargas externas e é vetado o lançamento
de efluentes em drenagens secas ou intermitentes. Após a leitura
de todos os destaques a reunião foi encerrada.
SUSPENSÃO DE RESOLUÇÕES
CONSEMA PARA PAC...
Reunidos na Sociedade de Engenharia-RS,
os conselheiros do CONSEMA ouviram motivos para que sejam suspensas por
três anos as Resoluções CONSEMA 128 e 129 - que impõem
maior rigor no padrão de emissão de efluentes sanitários.
A justificativa principal seria a imposição temporal para
aplicação de recursos disponibilizados pelo PAC. Também
foi ressaltado que os custos para atnedimento destas Resoluções
é alto, inviabilizando empresas do setor a investirem nas obras.
Após a apresentação do panorama estadual e da situação
do RS no cenário nacional, foi projetada a proposta de Minuta do
CREA/RS, que “Dispõe sobre a excepcionalidade dos sistemas
públicos de esgotamento sanitário, no que diz respeito aos
padrões e condições para a emissão de efluentes
líquidos em águas superficiais do Estado do Rio Grande do
Sul”.
Na realidade, a proposta apresentada
já era uma versão alterada, enviada em regime de urgência
com menos de 48h da plenária - o que foi ressaltado pela conselheira
Eedi Fonseca/AGAPAN. O Conselheiro Paulo Brack destacou que o CONSEMA
tem um histórico de tratar temas importantes com urgência,
sem o devido tempo para discussão. Lisiane Becker, conselheira
pela MIRASERRA, reforçou que a minuta não pode desconsiderar
os planos de bacia hidrográfica, como apontado pelo técnico
da FEPAM.
Deste modo, pediram vista ao processo as
ONGs MIRASERRA, AGAPAN, INGÁ e outros quatro conselheiros. Os pareceres
serão votados na reunião extraordinária no dia 09
de maio.
CONSEMA PERMANECE DISCUTINDO ITENS
PARA PAUTAR REUNIÕES
Ano novo, pauta velha...Inacreditavelmente,
a instância máxima da política ambiental do Rio Grande
do Sul AINDA utiliza o tempo para debater o debate!!
Desde novembro de 2012, a reunião
do CONSEMA em março, não prevista oficialmente (na última
reunião de 2012, não foi sequer apresentado e votado um
calendário de reuniões), coincidiu com a do CONAMA,
em Brasília.
Neste contexto, a MIRASERRA esteve representada
pela jor. Gelcira Teles, visto que a biól. Lisiane Becker estava
na plenária do CONAMA.
Dos apontamentos registrados pela conselheira
da MIRASERRA, destacam-se:
- Aprovado por unanimidade o calendário
apresentado e a retomada da agenda de 2012.
- Matriz energética. – Farão seminário, incluindo
o carvão.
- Revisão da Resolução CONSEMA 102 (Proposta MIRASERRA)***.
Priorizar a finalização da reformulação do
Regimento Interno do CONSEMA, modernizando-o e considerando (Proposta
SERGS): Reuniões mensais da Presidência do CONSEMA com os
presidentes das CT e estudar a viabilidade de criação de
uma Câmara Técnica para auxiliar no licenciamento ambiental
em caráter supletivo. – Colegiado reforçou que o assunto
é prioritário, Sema está reunindo informações
e secretária executiva afirmou que vai apresentar proposta, assim
como revisão e composição das Câmaras Técnicas.
- Lei Complementar 140 e competência estadual e municipal***:
Contemplado acima o licenciamento no litoral. Sugestão de encaminhamento
para a CTP de Gestão Compartilhada. / Rumos do SIGA após
LC 140 (Proposta MIRASERRA). – Assunto será levado à
reunião da CT. Uma lei federal está contemplando esta pauta.
- Transgênicos – Será trazido relatório aos
conselheiros sobre remediação de áreas contaminadas.
- Apresentação de Gabriela Freitas como nova secretária
executiva. Endereço: Av. Borges de Medeiros, 261, 12 andar. Tel.:
3224.5983.
- Zoneamento Ecológico-Econômico do RS (ZEE): Definição
pelo CONSEMA dos critérios para elaboração do ZEE
Estadual como instrumento de gestão, considerando diagnósticos
de Planos de Bacias Hidrográficas, necessidade de definição
global de potencialidades e fragilidades dos recursos ambientais do Estado
e contemplando as atividades econômicas e o projeto de desenvolvimento
a longo prazo. Sugestão de apresentação no CONSEMA
para posteriores encaminhamentos.
Instrução Normativa da Fepam em discussão interna
com a Corsan. “Está evoluindo, entre abril/ maio”,
conforme técnico da Fepam. CREA/RS solicitou para permanecer na
pauta e Fepam fazer um relato do ZEE, em função da Normativa
Nº3/2013 – 1ue tem competência pra “destronar”
a Portaria Nº 36/2010, pois a Instrução é mais
abrangente. CREA/RS “cobrou” que Fepam havia prometido um
relato em dezembro. Aceita a inclusão na pauta por unanimidade.
CREA/RS “ouviu falar” que Governo RS contratou um consultor
para o zoneamento de todas as bacias, não confirmado pela Fepam.
Vai para CT de Controle Ambiental . Já deliberado em 2012. Permanece
na pauta.
- Vegetação dos Campos de Altitude: Já deliberado
em 2012. Permanece na pauta.
- Pesca: Já deliberado em 2012. Permanece na pauta.
- Irrigação: Já deliberado em 2012. Permanece na
pauta.
- Qualidade da Água: Proteção de mananciais e segurança
no abastecimento público; segurança quanto ao enquadramento
nos parâmetros de qualidade; ampliação do monitoramento
da qualidade, contemplando também afluentes dos principais cursos
d'água. Sugestão de encaminhamento para a CTP de Gestão
das Águas. Colegiado definiu que se traga um diagnóstico
para o Consema e, a partir daí, elaborar uma resolução.
- Gestão de Riscos Ambientais: Redução de vulnerabilidades
em função dos danos e populações expostas;
mapeamento de riscos e medidas de controle ambiental. Sugestão
para que a SES apresente relato ao CONSEMA, para posterior encaminhamento
do tema. Aguarda relato.
- Sistema Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural:
Participação do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico do RS - IPHAE e a questão da Mata Atlântica,
entre outros objetos de interesse do sistema, as reservas biológicas,
os parques, as florestas naturais, a flora e fauna. Solicitar por parte
da Sema/Consema uma apresentação do IPHAE sobre o assunto.
Diagnósticos Situacionais. Já deliberado em novembro de
2012. Permanece na pauta.
- Licenciamento de condomínios de luxo no entorno de Unidades de
Conservação: Farsul e Fiergs implicaram com o termo “condomínios
de luxo” – “muito específico”, não
cabe em ZEE”. Argumentado que se poderia citar “empreendimentos
imobliários em geral”. Foi retirado da pauta, pelo que parece.
- Rumos do SIGA e Banco de Dados do Licenciamento.: SAERGS sugeriu que
Consema e Secretaria Executiva informe a sistematização
nba próxima reunião.
- Energia limpa: Fiergs vai validar em junho. Buckup (IGRÉ) interviu
questionando o anúncio do Governo/RS da exploração
do carvão mineral como energia limpa. Na opinião do biólogo,
o carvão “é energia suja”.Aprovado. Assunto
permanece na pauta.
***REUNIÃO CONJUNTA ENTRE CTPs foi
frustrante!
Na tarde do dia 11 de março, as Câmaras
Técnicas Permanentes "Gestão Compartilhada Estado-Município"
e "Assuntos Jurídicos" estiveram reunidas para iniciar
a atualização da Resolução CONSEMA 102 e posteriores.
No entanto, o presidente da CTP AS, tendo
assumido os trabalhos (decisão tomada somente entre os dois
presidentes de CTP...) criticou o encaminhamento do Grupo de Trabalho
formado em Reunião Extraordinária - que foi convocada
em menos de cinco dias de antecedência e em dia que a CTP GCEM não
tem como usual, a saber: 2ª e 4ª quintas-feiras de cada mês.
O GT, compreendendo que a apreciação de minuta relativa
à regulamentação da LC 140/2001 demandasse discussões
internas de algumas entidades conselheiras, resolveu iniciar a discussão
pela atualização da Res. CONSEMA 102.
Invalidando um encaminhamento que considerou
como deliberação de um GT que não teria esta prerrogativa,
o presidente da CTP AS ensejou uma forte discussão com diversas
e fortes manifestações de contrariedade dos presentes -
algo dificil de observar nesta CT.
Como fosse mais uma reunião sem
apreciação do previsto e sem que os membros das CTPs tivessem
sido informados preteritamente, o evento serviu para votar sobre a priorização
da LC 140 sobre a Res. 102 e sobre um novo cronograma para esatas discussões.
A representante da MIRASERRA, biól.
Lisiane Becker, se absteve do voto pela prioridade de tema, justificando
que entidades não presentes e que tinham como certo um prazo
maior para discutir internamente a minuta regulamentadora da LC 140, agora
seriam prejudicadas. Porém, como já argumentara no
GT, crê que a regulamentação da LC 140 é mais
urgente, visto que o RS já possui uma tipologia de atividades potencialmente
causadoras de impacto ambiental local em Resoluções CONSEMA
(102,110, 111, 168 e 232), mesmo que desatualizada.
Destaque foi dado para a ausência
de atas da CTP GCEM, pela qual segue a insegurança de certas afirmações...
|