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CONHEÇA a ONÇA-PARDA, da campanha pela FAUNA na MATA ATLÂNTICA

I magens do felino, gentilmente, cedidas pelo fotógrafo Gustavo Pedro – autor da bela publicação : Parque Estadual dos Três Picos . Rio de Janeiro: Luminatti Editora, 2017. 240p.il. ISBN 978-85-93621-00-0

Nome popular:   Onça-parda, Suçuarana, Leão-baio
Nome científico:  Puma concolor

Texto organizado por Biól. MSc.Lisiane Becker

CARACTERÍSTICAS: É uma segunda maior espécie de felino do Brasil. Com membros locomotores fortes e cauda longa, alcançam 108 cm de comprimento médio (considerando cabeça e corpo). Possuem pelagem de coloração uniforme (marrom-acinzentado claro a marrom-avermelhado escuro)

COMO VIVEM: são animais solitários, que utilizam uma área de 56Km 2 a 155Km 2 . Após uma gestação, que varia entre 84 e 98 dias, nasce uma ninhada de 1 a 6 filhotes. Uma pelagem deles apresenta grandes pintas marrons que desaparecem entre 10 a 18 meses de idade (início da idade adulta).

ONDE ESTÃO: as onçaspardas podem ser encontradas nas Américas, desde o sul do Canadá. No Brasil ocorrem em todos os biomas. Na Mata Atlântica (e seus ecossistemas associados) uma onça tem ampla distribuição, apesar de sua população efetiva ser estimada em menos de 1.000 indivíduos.

DO QUE SE ALIMENTAM: A dieta da espécie varia de acordo com a disponibilidade de presas, constituídas de mamíferos (como roedores, veados, pacas,  capivaras, tatus, quatis e catetos), aves e répteis (até mesmo jacarés!). Animais de criação, como ovinos, equinos, suínos e bovinos (com menos de 1 ano de idade) podem ser alvo de ataques – lembrando que em habitat degradado há baixa oferta alimentar. Um estudo[1] conduzido na região centro-oeste, por Palmeira et al. (2008), indicou que a criação pecuária concentrada, com temporadas de partos e a manutenção dos bezerros o mais distante possível das áreas florestais são indicados como estratégia para reduzir a predação por onças. Entretanto, por conta da ação de cães são, muitas vezes, injustamente acusados.

ESTADO DE CONSERVAÇÃO:

A espécie está categorizada como “VULNERÁVEL” e no bioma Caatinga, seu estado é “EM PERIGO”.
As principais causas que ameaçam as onças são a perda e a fragmentação de habitat, resultantes do desmatamento/queimada para expansão urbana ou conversão do solo para agropecuária, caça e atropelamentos.

AÇÕES PARA SUA CONSERVAÇÃO [2]:

O Plano de Ação Nacional para a Conservação da Onça-parda (PAN Onça Parda), realizado
a partir de um evento em Atibaia (SP) em 2011, foi elaborado com base nas discussões entre
pesquisadores e gestores da área durante as oficinas de adequabilidade ambiental e de viabilidade
populacional (AVP) promovidas pelo ICMBio. Este documento propõe metas e ações de conservação
específicas para a espécie a serem aplicadas nos próximos cinco anos. O PAN tem como objetivo
principal reduzir a vulnerabilidade da onça-parda, ampliando a proteção dos habitats adequados
à sua sobrevivência e o conhecimento aplicado à sua conservação, diminuindo assim os conflitos
gerados pelo contato (direto ou indireto) com atividades antrópicas.
As metas apresentadas no PAN da onça-parda são:
• Geração e divulgação de conhecimento sobre parâmetros de história de vida, viabilidade
populacional e uso do espaço tanto em grandes áreas contínuas como em áreas
fragmentadas;
• Redução substancial da perda de habitats adequados à sobrevivência da onça-parda,
além do aumento na conectividade da paisagem entre áreas de vegetação nativa em
paisagens alteradas;
• Aumento do conhecimento sobre as dimensões ecológicas, sociais, culturais e econômicas
que levam ao abate de onças-pardas e suas presas;
• Diminuição da retirada de indivíduos de onça-parda da natureza por caça, abate
oportunístico e/ou retaliatório;
• Redução dos impactos negativos nas populações de onças-pardas causados pelas
atividades rurais (pecuária, soja, cana-de-açúcar e silvicultura) e pela expansão da
malha viária

Referência bibliográfica:

[1] Palmeira, FB, Crawshaw Jr, PG, Haddad, CM, Ferraz, KMP, & Verdade, LM (2008). Predação de gado por puma (Puma concolor) e onça pintada (Panthera onca) no centro-oeste do Brasil. Conservação biológi141 (1), 118-125.

[2] . https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/fauna-brasileira/avaliacao-do-risco/carnivoros/on%c3%a7a-parda_Puma_concolor.pdf

de Oliveira, T. G., & Cassaro, K. (2005). Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró-Carnívoros.

SAIBA MAIS:

Hábito alimentar e interferência antrópica na atividade de marcação territorial do Puma concolor e Leopardus pardalis (Carnivora: Felidae) e outros carnívoros na Estação Ecológica de Juréia-Itatins, São Paulo, Brasil

https: // www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81752008000300007&script=sci_arttext&tlng=pt

Mamíferos carnívoros e sua relação com a diversidade de hábitats no Parque Nacional dos Aparados da Serra, sul do Brasil
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0073-47212004000300003&script=sci_arttext

A Onça-parda integra a campanha FAUNA DA MATA ATLÂNTICA, do Instituto MIRA-SERRA. Ela é uma espécie da coleção de camisetas.

Confira os vários modelos e tamanhos. Adquira a sua!

magens do felino, gentilmente, cedidas pelo fotógrafo Gustavo Pedro – autor da bela publicação: Parque Estadual dos Três Picos . Rio de Janeiro: Luminatti Editora, 2017. 240p.il. ISBN 978-85-93621-00-0

MATA ATLÂNTICA:
O QUE É, PARA QUE SERVE?

Consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlântica as seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste
(extraído do art. 2º, Lei Federal nº 11.428/2006).
Decretada Reserva da Biosfera, pela UNESCO, e protegida como Patrimônio Nacional, a Mata Atlântica é a quinta floresta mais ameaçada de extinção .do mundo. Ocorre em 17 estados do Brasil, sendo que cerca de 70% da população
brasileira dela depende.
Apesar de estar reduzida a menos de 10% da sua cobertura original, a Mata atlântica é, ainda, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta. Ela é responsável pela manutenção da qualidade/quantidade de água, pelo controle do equilíbrio climático, pelo combate à erosão de encostas, pela fertilidade do solo, pela geração de emprego e renda, pelo fornecimento de material genético para indústria farmacêutica e alimentícia, pela qualidade de vida das populações, entre tantos outros serviços ambientais inestimáveis.

É importante destacar que os animais silvestres são os principais mantenedores da Mata Atlântica, pois dispersam as suas sementes com eficácia – e, com isto, participam da conservação dos recursos hídricos.